A fitinha do Bonfim, tão conhecida popularmente, é sem dúvidas uma das maiores representações da cultura brasileira. As fitinhas, coloridas, possuem uma enorme simbologia, mas vamos começar do começo.
Em meados de 1809, criou-se a tradição de usar colares de seda, com nomes de santos bordados, para agradecer a preces que foram respondidas e a promessas concedidas. Nelas se prendiam imagens em ouro de santos e medalhões, entre outras coisas. Também derivam das tradições das religiões africanas, em que era costumeiro usar uma fita da roupa de um santo. Como estas roupas foram ficando cada vez mais raras, optaram pelas tirinhas de pescoço mesmo.
Já na década de 1960, com a ascensão dos hippies, começou a se popularizar a tirinha de pulso, colorida, cada cor representando um orixá. Eles a usavam como marca definida. Atualmente esse tipo de fitinha é vendido em vários locais do país, desde praias nordestinas até em Aparecida do Norte. As fitas são uma mescla visível da cultura africana no Nordeste brasileiro e do catolicismo. Muitas vezes os adeptos do Candomblé e da Umbanda adaptavam seus orixás como santos católicos, para não serem punidos por suas crenças. Isso também explica porque São Jorge também é fortemente difundido entre o Candomblé.
Fonte: ahistoriaeofato.blogspot.com.br